Medicina e carnaval: a parceria aparentemente improvável proposta pela Imperatriz Leopoldinense deu samba e coloriu a Sapucaí. Com o enredo "A Imperatriz adverte: sambar faz bem à saúde", a verde e branco de Ramos entrou na passarela às 22h37 e encerrou o desfile às 23h57, dentro do tempo regulamentar.
No lugar do luxo barroco dos últimos desfiles da escola, o carnavalesco Max Lopes apostou na explosão de cores, no humor e no belo acabamento das fantasias para tentar quebrar o jejum de 10 anos sem títulos.
Primitivos curandeiros, avanços da medicina e até as doenças modernas como a ‘gripe suína’ e o ‘mal da vaca louca’ foram tratados com capricho e descontração. Temas como gravidez, implantes e até bebês de proveta também foram lembrados pelas alas.
Um princípio de incêndio no sistema de embreagem do abre-alas provocou um susto na concentração da escola, mas os bombeiros agiram rápido e controlaram o fogo, sem nenhum prejuízo.
Luiza Brunet completou este ano 15 anos de reinado à frente da bateria da escola e garantiu que não vai se despedir da avenida neste ano. ”Carnaval é igual a futebol, para sempre “, disse.
Comandada pelo Mestre Marconi, a bateria inovou e veio com com seis berimbais para o desfile. Os ritmistas também ousaram com 'paradinhas' ao longo do desfile.
Philipe e Rafaela, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Imperatriz sentiu o peso da estreia e teve um problema quando passou em frente a uma cabine de jurados: a bandeira enrolou.
O intérprete Dominguinhos do Estácio completou 40 anos de carnaval e teve um pico de pressão ao fim do desfile. Ele foi amparado pelos bombeiros para deixar a dispersão.
A Imperatriz entrou com 3,2 mil componentes, divididos em 38 alas. Entre os artistas que marcaram presença no desfile da escola, a atriz Zezé Mota e o cantor Elymar Santos.
O desfile
A comissão de frente representou os doutores da alegria, grupo de palhaços que se veste de médicos e visitam crianças em hospitais. A coreografia usou cinco camas elásticas caracterizadas como macas que se transformaram em brinquedo de criança.
O desfile começou na África antiga. O abre-alas representou o curandeirismo africano. Em seguida, a escola viajou até a Mesopotâmia, a Índia e a China. O Egito também foi representado. Uma ala trouxe centenas de múmias.
Para contar a história da arte de salvar vidas, o desfile passou ainda pela Grécia. A Idade Média apareceu em um dos setores, exaltando a figura de Leonardo Da Vinci.
Com uma enorme vaca, estátuas de aves e mosquistos gigantes, o carro que representou as doenças modernas foi um dos principais destaques.
O terceiro carro da escola també, chamou atenção por trazer centauros. Componentes vieram dentro de estátuas com patas, representando os seres “metade homem, metade animal”.
Ocupado pelas Forças de Paz desde novembro, o Conjunto de Favelas do Alemão marcou presença através da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), representada no último carro da escola.
Veja mais vídeos da escola | |
---|---|
| Princípio de fogo no abre-alas
|
Madrinha da bateria
| |
Intérprete
| |
Comissão de frente
| |
Mestre-sala e porta-bandeira
| |
Bateria
| |
Musas
| |
Melhores momentos
|
0 comentarios:
Postar um comentário