segunda-feira, 7 de março de 2011

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Criaturas marinhas invadiram a passarela durante o desfile da azul e branca (Foto: Rodrigo Gorosito / G1)
Criaturas marinhas invadiram a passarela durante o desfile da azul e branca

Uma das escolas afetadas pelo incêndio que atingiu a Cidade do Samba no início de fevereiro, a Portela não deixou se abater e levou para a Marquês de Sapucaí um desfile com muito brilho e a empolgação de seus 4 mil componentes.

Terceira a se apresentar na madrugada desta segunda (7), a escola entrou na avenida à 0h12 e encerrou a apresentação à 1h23, alguns minutos fora do tempo regulamentar que não serão levados em conta já que a escola não disputa título este ano.

A superação deu o tom do desfile sob o enredo “Rio, azul da cor do mar”, que tratou dos mitos sobre monstros e criaturas das profundezas do mar, além de homenagear os 100 anos do Porto do Rio, exaltado como a porta de entrada do país.

Na avenida, não havia sinais das perdas que a escola teve no incidente -mais de 2,5 mil fantasias, segundo o presidente Nilo Figueiredo, além de parte das esculturas de seus carros alegóricos, que já estavam em fase de acabamento.

Logo no início do desfile, um dos carros alegóricos teve um problema mecânico e emperrou. Integrantes decidiram empurrar a alegoria gigante pela avenida. O carro acabou batendo em um poste, provocando a queda de uma destaque, que não teve ferimentos graves. Tanto a destaque quanto a alegoria desfilaram em seguida.

Outro carro teve um problema mecânico e atrasou na entrada da Sapucaí. Um dos destaques, a modelo Vânia Love, irmã do jogador Vagner Love, desceu da alegoria e sambou para o público enquanto o problema era resolvido.

Além da Portela, União da Ilha e Grande Rio não poderão ser rebaixadas, medida tomada pela Liga das Escolas de Samba depois do incêndio.

O samba, puxado pelo intérprete Gilsinho, falou de símbolos importantes da escola, como a águia, que exibia diversos movimentos e emitia sons pelo sambódromo.

A comissão de frente, vestida de criaturas do mar, evoluíam na avenida com estrelas, formando as constelações, o sol e a lua.

A Portela tratou também dos grandes navegadores, que enfrentaram medos e tempestades para chegar aos seus destinos. Uma das alas que a escola levou para a Sapucaí era a dos chineses. Os componentes representavam comerciantes chineses que enfrentaram o mar para vender os seus produtos.

O comércio atlântico e a chamada Rota dos Grandes Navegadores também foram lembrados no enredo. Tema de um dos carros alegóricos mais aguardados do desfile, que veio com um enorme mapa e integrantes com fantasias no formato de caravelas.

Eles eram "atacados" por piratas nas rotas que lembravam as grandes navegações e vinham na ala seguinte, com destaques simbolizando reis de cinco nações.

O jogador Ronaldinho Gaúcho, que causou tumulto na sua chegada ao sambódromo (Foto: Rodrigo Gorosito / G1)O jogador Ronaldinho Gaúcho, que causou tumulto
na sua chegada ao sambódromo (Foto: Rodrigo
Gorosito / G1)

Personalidades
Como de costume, a Portela recebeu um time de personalidades em suas alas. O jogador Ronaldinho Gaúcho causou tumulto na sua chegada para desfilar na ala da diretoria. Já o prefeito do Rio, Eduardo Paes, desfilou como integrante da bateria.

Muito emocionada, a atriz Sheron Menezzes chorou antes de fazer sua estreia como madrinha da bateria do mestre Nilo Sérgio, que também trouxe os ritmistas caracterizados como navegadores.

No ano passado, a escola levou para a avenida um enredo sobre o mundo virtual e high tech, que lhe rendeu apenas a 9ª colocação.

Veja mais vídeos da escola

Comissão de frente

Abre-alas

Mestre-sala e porta-bandeira

Intérprete

Ala das baianas

Bateria

Rainha da bateria

Melhores momentos

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