sábado, 5 de março de 2011

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A ex-BBB Cacau desfila pela primeira vez em São Paulo (Foto: Raul Zito/G1)
A ex-BBB Cacau desfila pela primeira vez em São Paulo

A chuva que complicou a chegada dos foliões ao Anhembi deu uma trégua para a primeira escola do carnaval de São Paulo na noite desta sexta-feira (5). Sem os imprevistos do clima, a Unidos do Peruche tentou fazer um desfile tradicional em busca da permanência entre as escolas da elite, mas precisou se esforçar para driblar problemas mecânicos no abre-alas e no terceiro carro.

Por causa da dificuldade na movimentação da terceira alegoria, a agremiação optou por não colocar todos os carros na avenida. A quarta alegoria, que representaria o balé Quebra Nozes, permaneceu na concentração. Além de não conseguir cumprir o número mínimo de carros, suas notas ainda serão prejudicadas pelo tempo: ela terminou o desfile com atraso. Precisou de 68 minutos para tirar todos os integrantes da passarela no Anhembi. O tempo máximo é de 65 minutos.

Na dispersão, o diretor-geral de carnaval da Peruche, Augusto Conceição, desabafou e resumiu: ‘É um trabalho de um ano inteiro jogado fora’. Chorando muito, ele lamentou que um dos carros não tenha entrado. O diretor se mostrou decepcionado também com os problemas com as duas alegorias, que prejudicaram a evolução da escola.

Vice-campeã do Grupo de Acesso em 2010, a escola já faturou três títulos (1965, 1966 e 1967). Neste ano, defendeu o enredo “Abram-se as cortinas! O espetáculo vai começar. 100 anos de Theatro Municipal de São Paulo. A Peruche vai contar”.

Entre os destaques, a escola teve a modelo Caroline Bittencourt em sua estreia no Carnaval como rainha de bateria da Peruche, comandada pelo mestre Cal. Ela foi acompanhada da modelo Danielle França, madrinha da bateria.

Os imprevistos afetaram até uma das beldades da escola. A ex-BBB Jaqueline Khury era aguardada para ser a musa da bateria, mas não participou do desfile. Segundo ela, a expectativa é que a roupa fosse entregue na quarta-feira (2). Mas ela só recebeu a fantasia nesta sexta e ainda incompleta. “A calcinha se perdeu pelo caminho”, disse a modelo. Na concentração, ela afirmou que não desfilaria nem mesmo com camisa de diretoria e que no próximo ano exigirá que a fantasia esteja pronta em dezembro.

Também como uma das musas, a escola apresentou a ex-BBB Cacau, que desfilou pela primeira vez em São Paulo.

Evolução
A comissão de frente “Apolo e as Artes” fez evoluções na frente do Abre-alas, vestidos de músicos, pintores e artistas. Seus movimentos homenagearam a Semana de Arte Moderna. Além dos figurinos de época, a comissão chegou a usar uma espécie de guarda-chuva branca.

A primeira alegoria da escola foi motivo de preocupação no começo do desfile. Integrantes de apoio da escola Unidos do Peruche fizeram uma força-tarefa para empurrar o carro abre-alas da agremiação, que apresentou problemas antes mesmo de entrar na avenida. Segundo um dos diretores de ala, ocorreu um defeito na roda, que foi parcialmente resolvido.

A terceira alegoria também teve problema em uma das rodas. Ao menos duas alas precisaram alterar a ordem de entrada para minimizar os “buracos” na avenida.

A Unidos do Peruche tinha previsão de desfilar com 3 mil componentes em 26 alas e cinco carros. O enredo foi contado pelo carnavalesco Amarildo de Mello. A bateria contou com 220 ritmistas, que deram vida ao samba-enredo cantado pelos intépretes Tinga, Toninho Penteado, Bernardete e Manoel.

O abre-alas mostra a inauguração do Teatro Municipal, 138 componentes relembram o evento que ocasionou um dos primeiros congestionamentos de São Paulo. A alegoria também contou com uma plateia desenvolvendo os mais variados tipos de arte que passaram pelo local ao longo de seus 100 anos: óperas, danças, música, teatro etc.

O segundo ato da Peruche mostrou um dos momentos mais importantes do Teatro Municipal: a Semana de Arte Moderna de 1922. Emerson Nunes e Cintia Cristina Grecco Pricolli, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, representam a vitória dos 100 anos do Teatro Municipal, com fantasias que fizeram alusão à arte criada na Grécia, na antiguidade.

A Peruche também teve uma ala composta por 60 drag queens representando a peça "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues.


VÍDEOSALAS

Carro Abre-alas

Comissão de Frente

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Bateria

Intérprete

Baianas

Rainha da Bateria

Musas

Encerramento

Carro fora do desfile

Carro alegórico da Unidos da Peruche que ficou de fora do desfile (Foto: Marília Juste/ G1)Um dos carros da Unidos da Peruche ficou de fora do desfile; ele representariava o balé Quebra Nozes

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