Na homenagem feita pela Tom Maior à cidade de São Bernardo do Campo, localizada na região do ABC paulista, a maior ausência foi a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O morador ilustre foi convidado para participar como destaque, mas decidiu não ir para a avenida. A escola entrou na passarela à 1h14 e encerrou o desfile às 2h15, dentro do tempo regulamentar. A primeira foi a Unidos do Peruche.
Para o presidente da Tom Maior, Marko Antonio da Silva, o desfile foi "perfeito". Segundo ele, Lula "não fez falta nenhuma”. “Ele seria apenas mais um”, disse. Silva afirmou que a escola não chegou a receber uma confirmação de Lula, já que toda a negociação foi feita com Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo.
Com o enredo "Salve Salve São Bernardo, pedaço do meu Brasil - Terra Mãe dos Paulistas", a agremiação contou a história da cidade de São Bernardo do Campo, berço do sindicalismo e da indústria automobilística. E conseguiu fazer um belo desfile.
Os 260 componentes da bateria vieram fantasiados de colonizadores e trouxeram como rainha Andréia Alves, vestida como uma jaguatirica. Adriana Bombom veio como madrinha da bateria e desfilou com uma fantasia de iguana cobrindo todo o corpo. Bem menos vestida, quem chamou a atenção foi a modelo Dani Sperle, musa da ala dos compositores, fantasiada de índia caçadora.
O carnavalesco Chico Spinosa procurou mostrar São Bernardo como um recanto natural e chamar a atenção para a importância da preservação dos mananciais.
O desfile contou com cinco carros alegóricos e 3.100 componentes em suas 23 alas.
O primeiro setor da escola simbolizou a trilha que os primeiros colonizadores do Brasil usaram para vencer a Serra do Mar. A comissão de frente trouxe danças tribais e jesuítas. O carro abre-alas contou a história da fundação de São Bernardo. As alas vieram compostas por colonizadores, catequizadores e índios.
O segundo carro falou dos imigrantes que chegaram a São Bernardo. Os integrantes enfrentaram problemas para colocar a avenida na avenida, que demorou mais de um minuto para entrar na passarela, mas o imprevisto não chegou a comprometer a evolução da escola.
A ala das baianas estava fantasiada como índia Bartira, filha do cacique Tibiriça. Jairo e Simone, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, representaram a última safra dos cruzados, cavaleiros da Idade Média que tinham como missão levar os ideais cristãos ao oriente médio.
A modelo Dani Sperle desfilou como musa da ala dos compositores (Foto: Daigo Oliva/G1)No carro que fechou o terceiro setor, a Tom Maior fez uma homenagem à represa Billings que além de fornecer água para a região, recebe pessoas interessadas em praticar esportes aquáticos. Com sacos plásticos e pneus velhos, a alegoria também mostrou a poluição que ameaça a represa.
As alas da escola lembraram ainda outros símbolos da cidade, como a Vera Cruz, companhia cinematográfica fundada em São Bernardo em 1949, a curiosa rota dos restaurantes especializados em frango com polenta, a indústria moveleira e a Cidade da Criança.
A cidade como pólo da indústria automobilística veio apresentada no último carro da escola, que trouxe como destaques o prefeito de São Bernardo, Luis Marinho, e o cantor e vice-prefeito, Frank Aguiar.
Em 2010, a Tom Maior ficou em 12º lugar. Em 2011, a escola já pode sonhar com uma colocação bem acima.
| Veja vídeos do desfile da Tom Maior | |
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Carro Abre-alas
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Comissão de Frente
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Mestre-Sala e Porta-Bandeira
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Bateria
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Intérprete
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Baianas
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Rainha da Bateria
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Musas
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Madrinha da Bateria
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