Óculos, lentes, binóculos, luz e toda a tecnologia que ajuda o homem a enxergar melhor tomaram conta da avenida no desfile da Império de Casa Verde, segunda escola a desfilar nesta sexta-feira (18), primeira noite do Grupo Especial do carnaval paulistano.
O desfile da Império de Casa Verde durou 64 minutos e, sob o olhar poético do carnavalesco polonês Roberto Szaniecki, fez um passeio pela história da visão, que começa com a descoberta do vidro pelos egípcios e vai até as primeiras lentes criadas pelo homem, a popularização dos óculos e o uso fashion das lentes.
A escola, que entrou na avenida à 0h50, abusou das luzes e de grandes carros durante o desfile. O capricho tecnológico da Império já se mostrou desde o carro abre-alas, que trazia dois tigres de 14 metros de comprimento que "engatinhavam" para puxar a escola.
O carro, o maior da escola, trazia ainda artistas circenses e simbolizava os primeiros estudos feitos na área da ótica na Grécia antiga e no Egito. A Império, no entanto, teve que superar dificuldades no abre-alas: dois dos dez cubos com acrobatas tiveram problemas no início do desfile.
Fundada em 1994 por dissidentes da Unidos do Peruche, a Império da Casa Verde já conseguiu duas vezes o título de campeã do carnaval: em 2005 e 2006. No ano passado, a escola foi a décima segunda colocada.
A escola levou cinco alegorias para a avenida. São 3,5 mil componentes em 26 alas, e muitas beldades que encantaram o público que foi ao Anhembi.
O primeiro casal da escola é formado pelos irmãos João Carlos e Laís, que já foram da Águia de Ouro. Eles esbanjaram beleza e simpatia com a a fantasia que representou o deus Rá e a decomposição das cores.
Musas
Um dos destaques da Império foi a bateria, que mostrou força e entrosamento, inspirada pelo samba no pé de Valeska Reis, assistente de palco que estreou este ano na Império.
A madrinha da Império de Casa Verde, Andréa Andrade, é veterana no Carnaval do Rio e desfilou pela primeira vez no Carnaval paulista. Além do corpo escultural, Andréa desfila com 1,1 mil penas de faisão na fantasia.
Um dos destaques da Império foi a bateria, que mostrou força e entrosamento, inspirada pelo samba no pé de Valeska Reis, assistente de palco que estreou este ano na Império.
A madrinha da Império de Casa Verde, Andréa Andrade, é veterana no Carnaval do Rio e desfilou pela primeira vez no Carnaval paulista. Além do corpo escultural, Andréa desfila com 1,1 mil penas de faisão na fantasia.
A apresentadora Lívia Andrade, outra que brilhou na avenida, disse que demorou cinco horas para a pintura ficar pronta. “Mas tudo está indo embora antes da hora. Já estou derretendo”, afirmou.
Na comissão de frente, a Império trouxe os alquimistas da luz, que combinavam elementos de química, física com misticismo. Foram eles que estudaram pela primeira vez os elementos da ótica.
O samba-enredo “Na ótica do meu império o foco é você” foi entoado pelo intérprete Carlos Júnior, é de autoria de Turko, Bruninho, Jorginho Soares, P.H, Sergio, Luis, Fabiano Sorriso e V. Tomageski.
O passeio da Império pela história mostrou desde a descoberta do vidro pelos egípcios e a contribuição dos árabes que desenvolveram a habilidade de fazer garrafas com essa matéria-prima.
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