sábado, 18 de fevereiro de 2012

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Penúltima escola a desfilar no Sambódromo do Anhembi na primeira noite do Grupo Especial do carnaval paulistano, a Acadêmicos do Tucuruvi se vestiu com as muitas cores exuberantes da África para mostrar a influência do continente na cultura - e no carnaval - do Brasil.
A Tucuruvi foi vice-campeã em 2011 e perdeu para a Vai-Vai por apenas 0,25 ponto. Neste ano, a escola veio com força total para buscar o primeiro título no Grupo Especial.
O enredo “O esplendor da África no reinado da folia” destacou a riqueza da cultura africana em uma reverência aos povos primitivos africanos: deixando de lado as histórias de mazela e pobreza usualmente retratadas sobre a região para relembrar um passado de liberdade, prosperidade e glória.
A nobreza marcou também a interpretação do samba, levado pelo intérprete Igor Vianna, que estreia no carnaval paulistano: ele é bisneto de Pixinguinha e filho de Ney Vianna, puxador de samba da Padre Miguel, nos anos 70.
Alguns dos momentos mais empolgantes do desfile ficaram por conta da bateria, comandada pelo Mestre Adamastor, 43 anos. Experiente, ele já passou pela X-9, Rosas de Ouro e Leandro de Itaquera. Entrosados e contagiantes, os 240 ritimistas deram o ritmo do desfile e chegaram a empolgar o público em alguns momentos.
A escola ganhou a avenida com 3 mil componentes, 240 ritmistas, 20 alas e cinco alegorias. Um grupo de dança comandado pela coreógrafa Cheila Fusco compôs a comissão de frente que, com escudos e capas, representava a África primitiva.
Nos momentos finais da passagem da Tucuruvi pelo Anhembi, por volta das 6h30 da manhã, foliões já começavam a deixar o Sambódromo e o movimento de táxis e vans começou a aumentar do lado de fora do sambódromo
O luxo da África retratado pela escola, no entanto, não deixou de lado a sustentabilidade. A escola apostou no uso de materiais alternativos para a composição dos carros e das alegorias. Muitos carros eram feitos de palha, juta, barro e vegetação natural.
Um exemplo foi o carro "África Selvagem", o segundo da escola e um dos que mais chamaram a atenção do público: toda a decoração é feita com plantas verdadeiras: a escola investiu cerca de R$ 30 mil em bromélias, camélias e outras variedades. Depois do desfile, todas as plantas serão doadas para a subprefeitura de Tucuruvi.
As forças mágicas da cultura da África viraram samba e beleza no carro "Rituais africanos", que representava a religiosidade africana com muito fogo.
O primeiro casal da escola, Robinson e Thaís, exibiu simpatia e desenvoltura ao representar o respeito e a dignidade nas famílias tribais africanas. Os dois são veteranos: estão na escola há quatro e dez anos, respectivamente.
A rainha de bateria, Valéria de Paula, tem 30 anos e brilha na posição há cinco anos.
A modelo e apresentadora Caroline Bittencourt é a madrinha de bateria estreante na escola, mas se sentiu  muito bem recebida. "A comunidade é maravilhosa", conta a musa.
Já Graciella Carvalho, vice do concurso Miss Bumbum, disse estar "nervosa" antes do desfile, mas pronta para "abafar": ela representou a deusa-mãe África, com plumas e penas de faisão. "Estou super ansiosa, nervosa. Quero deixar o vice para trás e ser campeã agora", disse. 
O samba-enredo tem autoria de Rodrigo Atração, Fábio Jelleya, Edson Luz, Henrique Barba, Silvinho, Márcio Alemão, Waltinho, Felipe Mendonça, André Filosofia, Maurício Pito, Diley Machado, Leandro Franja e Xandinho.

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